terça-feira, 14 de maio de 2013

Fortalecer a greve e as ocupações da UNESP


Entramos num momento decisivo da mobilização da UNESP. Praticamente todas as unidades da UNESP estão fazendo assembleia e 10 já votaram por paralisar dia 14/05 e construir o ato na Reitoria na sexta feira dia 17 de maio! A luta contra o PIMESP começa a se expandir para a USP e UNICAMP! A intransigência da reitoria frente nossas demandas só evidencia a falta de democracia e o autoritarismo da atual estrutura da universidade! 
Na assembleia que decidiu pela greve e pela ocupação em Marília discutimos a necessidade de ter delegados por curso para construirmos a greve e a ocupação em conjunto, debatendo as politicas para o movimento. Convocamos estes delegados tirados em assembleias de curso e o conjunto dos estudantes da FFC a organizar e participar do comando de mobilização que ocorre sempre às 19 horas na Direção Ocupada! Nesta próxima quarta, 15/05, teremos uma importante assembleia que debaterá os rumos de nosso movimento! 

Nessas três semanas de ocupação e greve geral passamos por várias dificuldades, como a paralisação dos/das funcionárias/os e as declarações autoritárias da direção clamando pela desocupação do prédio e acusando o movimento de intransigência.

Por conta de manobras da direção do sindicato em assembleias, negando a participação dos alunos ao mesmo tempo em que permitiu a presença de docentes e representantes de outras instâncias da faculdade, a paralisação dos funcionários acarretou na falta de materiais básicos para o CEES prejudicando o atendimento à população trabalhadora de Marília e região, contratações foram atrasadas, licitações, folha de pagamento e bolsas.

Desde o começo da greve e da ocupação o movimento estudantil escreve panfletos e tenta esclarecer a situação, dando informes de que a Ocupação da Direção seria organizada de modo em que fosse possível trabalhar em condições adequadas (liberamos os corredores, deixamos todos os banheiros limpos e isolamos as áreas de trabalho do restante da ocupação). Porém nossa proposta deliberada em assembleia foi inicialmente negada. Na última semana a proposta dos estudantes foi rediscutida. Em uma das assembleias dos funcionários a direção da faculdade se declarou contra a volta das atividades da faculdade, e, caso os trabalhadores voltassem, que o pagamento das bolsas fosse protelado. Claramente a direção joga os funcionários contra os estudantes para dividir a base estudantil, o que faz também dando declarações que chama os estudantes a se organizar contra a greve e a ocupação.

Na segunda feira (13/05/2013), mesmo com a volta ao trabalho, a questão das bolsas está suspensa. Queremos a partir disso dialogar com os trabalhadores: a forma com que a direção pressiona os estudantes é a mesma forma com que as reitorias pressionam os funcionários quando estão mobilizados (vide o corte de ponto realizado em 2010 contra os trabalhadores da USP, UNICAMP e, no fim da greve, contra a UNESP). Suspender o pagamento das bolsas para que os estudantes se desmobilizem é uma velha tática que agora esta sendo usada por uma Direção que reivindicou a democracia e o diálogo. Se a direção, de fato, acredita na democracia e no diálogo, por que o professor José Carlos não deixa os próprios estudantes decidirem os rumos da mobilização ? Por que o diretor se posicionou contra a volta dos funcionários? 

Esclarecemos que os estudantes de Marília não organizaram em conjunto com Assis e Ourinhos caravanas para a negociação com a reitoria no dia 10 de abril, como alegou a direção local para justificar o cancelamento da negociação com a reitoria. Mas sim defendemos a proposta de que todos os campis em greve deveriam participar da negociação com o reitor. Por acaso Assis e Ourinhos não são responsabilidade da Reitoria? Nossas demandas não são as mesmas?

Reafirmamos que temos pautas locais importantes ainda não encaminhadas. Estas pautas locais dizem respeito ao CAUM, que tem em sua reivindicação desde materiais didáticos e folhas sulfites até a questão da autonomia política e didática do projeto, que está sendo questionada pela atual Direção.

Chamamos os funcionários novamente a se aliarem aos estudantes, pois a Reitoria não está disposta a negociar nem o aumento salarial para os trabalhadores e nem a pauta dos estudantes e professores. Pedimos que os trabalhadores encaminhem o pagamento das bolsas com a devida urgência, pois se trata do sustento de muitos.

Chamamos novamente todos os estudantes a participem de uma das maiores lutas da UNESP! Com o fortalecimento da mobilização seremos vitoriosos!

Todos ao ato dia 17 de maio na Reitoria (interessados encaminhar ao Comando de Greve e Ocupação o nome e o RG).

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